Educação
A língua portuguesa na era digital
O Equilíbrio da Língua Portuguesa na Era Digital: Um Desafio Institucional
Por Gustavo Costa
A proficiência na língua portuguesa, essencial para o desenvolvimento do raciocínio e a adequação comunicativa em diversos contextos sociais, enfrenta desafios crescentes na era digital. A proliferação de ambientes informais nas redes sociais exige um discernimento apurado sobre o uso adequado da linguagem, tanto na modalidade oral quanto na escrita.
“É uma disciplina que, se nós seguimos o padrão da língua portuguesa e a nossa língua falada, a linguagem ela perpassa. A língua falada é a língua escrita”, afirma o Professor Mateus Silva, do Centro de Formação Profissional de Comunicação. Ele complementa que “nós temos uma organização de conteúdo, de raciocínio e isso muito passa pela nossa forma de se expressar.”
A ascensão das mídias sociais e a consequente proliferação da linguagem informal representam um desafio significativo para educadores. A distinção entre a linguagem falada e a escrita, e a adequação a diferentes formatos, tornam-se essenciais. O Professor Silva observa que a linguagem das redes sociais, frequentemente informal e amplamente utilizada pelos jovens, embora apropriada para seu contexto, difere daquela exigida em ambientes mais formais. “A questão mais difícil de poder, às vezes, tentar separar é a forma que você fala e a forma que você escreve. Ela tem dois formatos diferentes e, muitas vezes, a forma que a gente se expressa nas redes sociais, que é uma língua muito usada entre os jovens hoje, é uma língua muito informal”, pontua.
Outro desafio premente é o incentivo à leitura. A dificuldade reside em diferenciar a fala da escrita e em estimular o hábito de leitura. O professor destaca que a leitura transcende o livro impresso, abrangendo podcasts, filmes e jogos, que podem expandir a visão de mundo dos alunos e servir como portas de entrada para o aprendizado da língua portuguesa. Ele ressalta, no entanto, que essas novas formas de consumo de conteúdo não devem ser tomadas como regra, mas sim como recursos complementares que se adequam a determinados contextos.
O propósito final é munir os alunos com flexibilidade e discernimento linguístico, permitindo-lhes navegar com confiança pelos diversos registros da língua portuguesa.